Existem expressões que transcendem em significados múltiplos o seu entendimento especifico e expresso em poucas palavras. Uma delas é a de “queimar navios”, numa apologia ao aventureiro espanhol Hernan Cortez, que quando partia para a conquista, saque, e posterior genocídio do Império Asteca, hoje o México, mandou queimar seus navios, em agosto de 1519, para evitar que houvesse retorno para os conquistadores. A partir dali era vencer ou morrer. O resto a história registrou.
Pois bem, a expressão derivada desta atitude ganhou popularidade e uso, podendo e sendo aplicada em diversas situações que caracterizem a impossibilidade ou dificuldade extrema de recuo em alguma tomada de posição. É uma metáfora amarga, com tons poéticos, de uma visão radical diante de um fato.
Na política, assim como na vida, em que pese muitos não gostem desta lembrança, as coisas não são diferentes quando se adota esta atitude. Aconteceu aqui em Foz e agora. Mas ainda lembrando Cortez, o resultado da sua ação, foi a de gerar em seus comandados e nele mesmo, uma energia, ou fúria, como querem alguns, de vitória. Eles precisavam vencer, não eram mártires, só queriam vencer a si mesmos e a seus medos.
O resultado, neste caso de Cortez, foi o da vitória completa, mas existem tantos outros, e tão espetaculares quanto este, cujo resultado foi o da derrota. Atitudes extremas, nada garantem a não ser serem atitudes extremas.
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