quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Campanha e a curiosidade mórbida

Todo mundo está cansando de saber que uma das características mais comuns no ser humano, é a chamada curiosidade mórbida. Grande parte das pessoas não resiste em dar uma olhada em um acidente de automóvel, alguns chegam a parar, atrapalhando o transito, e não é para ajudar não, é só para dar uma espiadinha. 

Tenho a convicção, ou ao menos a forte a esperança de que isto ocorra não por má índole, sadismo ou coisas afins, e sim apenas por ser uma faceta da natureza humana. Vejam vocês que tem muita gente que assiste provas de automobilismo só para curtir os acidentes e a programas de TV “encharcados de sangue”, e que, no entanto são pessoas absolutamente normais e na esmagadora maioria, gente boa e incapaz de fazer mal a alguém. 

Pois bem, lembrei-me destas coisas ao pensar na campanha eleitoral que começa e na propaganda eleitoral que logo invadirá nossas casas. Com os dois principais adversários na corrida à prefeitura de Foz do Iguaçu, já conhecidos, e sabendo do estilo de fazer politica de ambos, podemos esperar uma campanha de debates de bom nível, sem baixarias e em torno de propostas. 

Sei que poderá ser mais “chato”, pois não devemos ter as brigas, calúnias e acusações mútuas que sempre divertem um pouco a quem assiste, mas é preciso ter em mente que não se trata de entretenimento e sim de nosso futuro. 

O que deve estar em discussão não poderá ser se um candidato fala mal em público, não sabe de cor o nome de todos os bairros, ou se tem um parente que fez besteira ou que bebeu demais numa festa e estas coisas, só para citar as bem mais leves, que costumam ser usadas como “argumento de debate”, para diminuir e desmerecer o adversário. 

A discussão deve ser sobre o que será feito na cidade, como, quando e se é possível fazer. Portanto, mesmo que seja maçante, e muitas vezes é mesmo, é bom a gente ter paciência e assistir com os olhos de proprietários da cidade, que somos, ao escutar os argumentos dos candidatos a gerenciá-la. 

A diversão a gente deixa para depois da propaganda eleitoral, afinal, só nas novelas de hoje em dia já se tem desgraças, traições, e toda a coleção de misérias humanas de sobra, o suficiente para agradar até os espíritos “mais exigentes”. 

Um comentário:

O Fronteiriço disse...

Parabéns Sir. Adolpho. Sempre acertando na mosca. A bem da verdade, falando especificamente de Foz, o povo fronteiriço tem que repensar muitas coisas. Pois considero esse momento crucial para um novo modelo de administração. Inclusive nacionalmente falando. O Brasil U.R.G.E.N.T.E.N.T.E, tem que deixar de ser paternalista. Não dá mais...