Assim como futebol, na politica ocorrem dramas à sombra das grandes disputas. Um time pequeno pode e muitas vezes acontece, de vir a ser competitivo, se tem um bom patrocinador, descobrir talentos quase de graça, ter um técnico inspirado e disputar alguma coisa. É seu momento de glória.
Manchetes nos jornais, matérias na TV e no rádio, e pronto, passado o momento, retornam ao esquecimento e a amarga rotina de seu cotidiano. Os bons jogadores são levados para os times grandes, o patrocinador vai atrás de outros investimentos, o técnico se transfere, e a torcida? Bem a torcida só existiu naquele momento, depois volta as suas fidelidades tradicionais, normalmente aos grandes clubes.
Então, na politica é a mesma coisa, nestes períodos eleitorais, dirigentes de partidos pequenos ficam em evidência, sentam em mesas de honra, são tratados como iguais. Os grandes precisam de tempo de TV, precisam de legenda, precisam de volume politico, precisam clamar quantitativamente seus apoios, e então eles são lembrados, procurados, paparicados, lhes emprestam uma ilusão de importância, que não tem, infelizmente, para o mal da democracia.
É um período de glória efêmera, fugaz, que se desmancha no ar logo após as eleições. As surpresas nas urnas, logo são cooptadas pelos grandes partidos, os dirigentes que se alinharam com o vencedor, ainda podem sonhar com um “cc” qualquer, lá embaixo na hierarquia do novo governo, e posteriormente esquecidos, guardados nas gavetas da memória dos grandes, para serem usados nas próximas eleições.
E os que perdem, se perdem na massa anônima de eleitores. Muitos desistem, outros ainda voltam em todos os períodos, embalados pela lembrança daqueles momentos onde pareceram fazer diferença.
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