Nestes últimos dias escutei umas mil vezes a expressão surrada e batida; “é melhor ouvir isto, do que ser surdo”! Humm, sei não, tenho sérias dúvidas, ou melhor, definitivamente não me soa assim, para usar um trocadilho infame.
Vejam bem o caso de Beethoven, escreveu maravilhas imortais e marcos da música, completamente surdo. Será que o fato de não poder ouvir, ao invés de ser uma dificuldade enorme a ser superada, não lhe deu uma certa paz de espírito para criar o que criou, sem a influência destrutiva de asneiras a lhe torturar os ouvidos?
Antes de mais nada, devo esclarecer que estou sendo somente irônico com a política e políticos em geral, e nunca me passou pela cabeça qualquer desrespeito em relação à aflitiva deficiência auditiva, e nem para falar a sério sobre a obra do genial compositor alemão, no entanto, creio que os deficientes auditivos que me porventura me leem ou venham a me ler, concordarão com o que estou tentando falar.
É inacreditável o total descompromisso com que certas afirmações são feitas e logo depois desfeitas e, pasmem, jogadas na conta da “sabedoria politica”!! Mas que sabedoria, cara pálida? Isto se chama cara de pau, e também não é “tática de negociação”, é safadeza mesmo, em português bem claro.
Então, não ouvir algumas coisas pode ser bem salutar, como já disse certa vez um politico dos velhos tempos: “Já estou rouco de tanto ouvir!”.
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