Democracia paraguaia. Pois é, atendendo um pedido de minha amiga Collett, vamos jogar um pouco de conversa fora sobre o assunto. Bem, em primeiro lugar, não acredito em adjetivos para democracia, democracia deveria ter só nome e sobrenome, afinal, nos tempos de chumbo inventaram uma tal de democracia à brasileira, que provocou um comentário ácido do grande Sobral Pinto, que retrucou, dizendo que à brasileira, só conhecia Peru...
Mas, mesmo assim, vamos tentar. Em primeiro lugar, este conceito é uma coisa nova e imperfeita ainda no país vizinho, aliás, um pouco para nós também. Democracia se treina, se pratica, se erra, até acertar. Acho que o Paraguai ainda está treinando, entendendo o conceito. Creio também que a eleição de Lugo foi uma espécie de ressaca do povo paraguaio, enjoado dos seus feitores, enjoado dos eternos donos do país, mantidos pelas armas ou pelo dinheiro e terras.
Lugo, a meu ver, mais do que ele como politico, foi um produto de uma época, de um momento politico. Sua queda foi um breve e perigoso retrocesso, pela forma, pela motivação declarada e pela rapidez. Não que Lugo, a meu juízo devesse continuar a frente do país, mas se isto tivesse que acontecer, que fosse pelas urnas, não se exercita democracia, derrubando eleitos pelo voto direto. E por fim, espero que a experiência paraguaia, não seja mais entendida e denominada como democracia paraguaia, que se consolide para ser democracia no Paraguai.
No mais, continuo torcendo para que o querido país irmão e seus cidadãos superem estes percalços e sigam em frente rumo a ocupar o lugar no continente, que um dia lhe foi tirado e nunca mais recuperado.
Así es...
Um comentário:
"Que diferença faz?" A.L.
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