Um dia destes, um dia preguiçoso, bom para bater papo furado, um amigo perguntou-me por que eu que participara de tantas campanhas politicas e não só em Foz, não escrevia um livro de ficção politica?
Fiquei pensando, mastigando a ideia por um bom tempo, até ser vencido pelas evidencias. Jamais eu conseguiria escrever alguma coisa de ficção que superasse a realidade do que vi e acompanhei. O surrealismo só é superado pelo delírio. A lógica é constantemente atropelada pelo inacreditável fato.
Garcia Márquez e seu realismo fantástico são de uma ortodoxia cartesiana perto dos lances que se vê em uma campanha, e principalmente em Foz. Já vi colocarem pinos quadrados em buracos redondos, já assisti gente explicar a quadratura do círculo, e colar!!!!
Portanto amigos, assim acabou sem nunca ter começado, a minha carreira de escritor de ficção politica.
E nesta campanha então, o livro não venderia nada, basta ler jornais, blogs, escutar pelas esquinas os grupos, subgrupos, intergrupos e “engrupos”, que pululam por aí. Cada vez que leio sobre o assunto ou participo de alguma reunião, lembro-me da famosa frase atribuída ao grande Garrincha: - E vocês já combinaram com o adversário?
Pois é, já está tudo certo, só falta acertar um pequeno detalhe de menor importância, desprezível até; o eleitor...
Um comentário:
Grande Gersão, o mestre! Obrigado querido amigo pela leitura!
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