Vou voltar a um assunto que abordei não faz muitos dias, foi
acerca da Comissão da Verdade instalada pela presidente Dilma. Na ocasião, apesar
de saudar a iniciativa, comentei que achava “muito barulho por nada”, brincando
com Shakespeare.
Pois bem, recebi um e-mail de um leitor, questionando minhas
colocações e criticando o que ele entendia ser um descaso meu para com a
apuração dos crimes cometidos nesta época de trevas pela qual passou o nosso
país.
Ora, eu penso que o amigo entendeu muito, mas muito mal o
que escrevi. Minha queixa era e é, a da Comissão não ter o poder de punir e nem
de recomendar punições. Gostaria que fosse uma espécie de CPI, que funcionasse
é claro, e que tivesse este encargo.
Entendo que você pode varrer pó para baixo do tapete, ainda
passa, mas varrer entulho, varrer pedras, tijolos e espinhos para baixo do
tapete da justiça e esperar resultados, é ingenuidade, composição politica ou
medo, é querer fingir que não está vendo o enorme calombo que lá vai ficar, é
tropeçar nele e fingir que não viu.
Espero, e mais do que isto, creio que a nossa justiça,
embasada nos fatos que forem levantados pela Comissão, aja punindo
exemplarmente os culpados, para que o que aconteceu nunca mais se repita neste
país.
Então meu amigo, foi isto que quis dizer, se me expressei
mal, o que pode ter acontecido, peço perdão, se não o fiz, mas você não
entendeu, espero que agora me entenda.
Um forte abraço e obrigado pela leitura!
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