Allen Ginsberg, que foi o grande vate (que é a mesma coisa que poeta, para os metidos a besta...), da contracultura, movido a fartas doses de tudo que a indústria faramacêutica legal e ilegal da época poderia fornecer, deu ao movimento uma nova forma literária, através da poesia, ainda crua e de "entranhas", mas um pouco menos cáustica que seu parceiros do chamado "pelotão de frente".
Ginsberg, regando com Wild Turkuey, que é um bourbon (uísque de milho) que ao entrar na boca sobe para o cérebro, nunca vai ao estômago (bom para quem não quer engordar e péssimo para quem vai fazer discurso...), era um adepto, consciente ou não, acho que nem ele saberia dizer, de um certo lirismo cínico,
A abaixo trecho do poema "A Canção", publicado no livro "O Uivo e outro poemas", vejam se concordam comigo:
— deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda a excelência
do seu excesso.
Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro da carne,
a pele treme na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho —
sim, sim,
é isso o que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar ao corpo
em que nasci.
Até o próximo!
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