sexta-feira, 18 de maio de 2012

O relicário de Jorge Samek


Dia destes estava escutando uma música que gosto muito, “Relicário”, do Nando Reis, você conhece? Sim, é aquela que ele canta com a Cássia Eller, sim, esta mesmo. Pois bem, na música tem uns versos bem interessantes, como este, por exemplo:

 “O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou:
O que está acontecendo?

Eu estava em paz quando você chegou:”


Então, não parece um desabafo de alguns políticos locais, em função do alvoroço que uma eventual candidatura de Samek causou? Teve cacique comprando todos os DVDs disponíveis desta música e escutando magoados, com um litro de vinho ao lado...

E depois, de sua desistência, uma turma de outra mesa, cantarolava outro, de olhos inchados, vermelhos e fungando:

“O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor

O que você está fazendo?
Um relicário imenso deste amor:”


Pois é, não lembra as viúvas de sua candidatura? Rsrsrsrs, é, também acho que lembra...

Mas meus amigos, o importante é não criar *relicário algum, é não iconizar a figura de Samek. Ele, sem dúvida é um personagem fundamental para Foz e região, sua atuação a frente de Itaipu, além de suas inegáveis e reconhecidas qualidades como pessoa e homem público, o credenciam para disputar o que acreditar ser importante para ele e para o meio em vive e atua.

No entanto, é até injusta esta expectativa de que todos os problemas da cidade podem ser resolvidos por Jorge Samek e a Itaipu. Esta postura gera uma responsabilidade que ele nunca pediu e nem disse que gostaria de ter. Seu equilíbrio e conduta ao longo deste processo de decisão, se aceitava ou não, foi irrepreensível, como de resto tem agido em todas as suas ações públicas.

Deixem o “Relicário” com o Nando Reis e vamos pensar em quem devemos escolher nestas eleições, a fila anda...  



*Relicário: s.m. Caixa, cofre, lugar próprio para conter relíquias.
Bolsinha ou medalha com relíquias que algumas pessoas trazem ao pescoço por devoção.

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