Josef Stalin (1878-1953), ditador e autocrata da extinta
União Soviética, teria dito em certa oportunidade que “gratidão era uma doença
de cachorro”. Pois bem, analisando suas ações a frente de seu país e de outros
que tiranizou em nome da “liberdade” e “justiça social”, é bem compreensível
que pensasse e dissesse isto, pois agia de acordo com esta máxima.
Mas não é Stalin o objeto desta nota, e sim, a sua pretensa
afirmação. Sem dúvida, que nestes tempos do politicamente correto, não há
ninguém que assuma que a frase tem sua verdade cruel. No entanto, não são
poucos, que mesmo não admitindo nem para si mesmo, agem de acordo com ela. Os
exemplos são fartos e tristemente comuns. Não fora a legislação eleitoral, que
impede comentários deste tipo, sem dúvida teríamos como enumerar um considerável
cabedal de nomes e fatos que comprovam a lamentável verdade da afirmação de Stalin.
Não só na politica, mas na vida também, desafio a quem nunca
foi vitima desta assertiva a levantar a mão, e vou mais além, desafio também
alguém que, de alguma forma, proposital ou não, em que proporção se deu, não
foi ingrato também. É da natureza humana sê-lo, ao contrário dos cachorros.
O problema é óbvio, está na repetida insistência neste tipo
de pensamento, e mais, naqueles que o adotam como lema e o tornam prática rotineira
e usual, usando disto para impressionar outros bem intencionados, que por
ingenuidade talvez, ou por omissão, o que é mais provável, aceitem este
comportamento e as consequências dele advindas.
Mas eleições é um fato passageiro, elas passam, e depois ao
varrer o salão da festa cívica, saberemos o quanto de entulho sobrou e qual a
sua natureza.
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