segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Gratidão é uma doença de cachorro"


Josef Stalin (1878-1953), ditador e autocrata da extinta União Soviética, teria dito em certa oportunidade que “gratidão era uma doença de cachorro”. Pois bem, analisando suas ações a frente de seu país e de outros que tiranizou em nome da “liberdade” e “justiça social”, é bem compreensível que pensasse e dissesse isto, pois agia de acordo com esta máxima.

Mas não é Stalin o objeto desta nota, e sim, a sua pretensa afirmação. Sem dúvida, que nestes tempos do politicamente correto, não há ninguém que assuma que a frase tem sua verdade cruel. No entanto, não são poucos, que mesmo não admitindo nem para si mesmo, agem de acordo com ela. Os exemplos são fartos e tristemente comuns. Não fora a legislação eleitoral, que impede comentários deste tipo, sem dúvida teríamos como enumerar um considerável cabedal de nomes e fatos que comprovam a lamentável verdade da afirmação de Stalin.
Não só na politica, mas na vida também, desafio a quem nunca foi vitima desta assertiva a levantar a mão, e vou mais além, desafio também alguém que, de alguma forma, proposital ou não, em que proporção se deu, não foi ingrato também. É da natureza humana sê-lo, ao contrário dos cachorros.

O problema é óbvio, está na repetida insistência neste tipo de pensamento, e mais, naqueles que o adotam como lema e o tornam prática rotineira e usual, usando disto para impressionar outros bem intencionados, que por ingenuidade talvez, ou por omissão, o que é mais provável, aceitem este comportamento e as consequências dele advindas.

Mas eleições é um fato passageiro, elas passam, e depois ao varrer o salão da festa cívica, saberemos o quanto de entulho sobrou e qual a sua natureza.


Nenhum comentário: