domingo, 13 de maio de 2012

Galvão e a F1


Podem falar o que quiserem, eu mesmo falo o tempo todo mal do Galvão Bueno, principalmente nas transmissões de F1. No entanto, é forçoso reconhecer que sem Galvão, as provas perdem muito de seu brilho. Sou um aficionado por automobilismo, inclusive com algumas incursões dirigindo equipe de F3, portanto se não aprendi alguma coisa, ao menos fui exposto a esse mundo, o dos boxes e pista. Galvão, tecnicamente, é o rei das besteiras, as quais comete sem pudor algum e vai em frente com uma demonstração de indiferença olímpica...

Mas, sem ele, não tem graça. São duas provas, a que você vê e a que ele vê, e invariavelmente a dele é mais brilhante, vibrante e mais atraente. A capacidade invejável que Galvão tem de promover os brasileiros chega a ser tocante, mesmo sendo irritante. Nesta temporada onde Massa parece ter esquecido tudo que o levou até F1, e de Bruno Senna, piloto médio, medíocre, que, aliás, não é ofensa, e sim caraterística de ser médio, só sobrou aos que assistem a F1 como um divertimento dentre de tantas outras atrações esportivas, uma F1 com poucos atrativos para torcer.

Aí é que entra Galvão, ele tenta nos fazer crer, sempre após as bobagens de Massa e Senna, que na próxima prova, ele sabe, ele conversou com eles, e teremos surpresas boas, etc...!
Hoje não foi diferente, no GP da Espanha, no belíssimo Circuito da Catalunha, na bela e incrível Barcelona, Galvão tentou explicar Senna freando para os dois lados na frente do Schumacher, e se obrigou a lembrar de que Massa estava na prova, forçando uma renovação da disputa com Hamilton, mas, coitado, em vão, como era esperado, Massa, mais uma vez, fez uma corrida de burocrata de 5º. Escalão, só guiou o carro, não pilotou...

Foi aí então que o nosso mago da narração descobriu o Maldonado, um venezuelano, bom piloto, brigão, aguerrido, a quem Galvão adotou na falta de um brasileiro e, e é claro, pela inesperada e perfeita provar que fez, culminando com um justo primeiro lugar, o primeiro de seu país a fazê-lo em toda a história da F1.

De resto, apesar de não ser o objeto deste comentário, foi uma das melhores e mais emocionantes provas dos últimos tempos, com a definitiva entrada da Lotus (a nova, a ex-Renault) na briga por vitórias, a Williams inesquecível para quem curte a F1, vencendo de novo, Alonso, o grande Alonso, brilhando como sempre, enfim, um grande show, com todos os atores cumprindo o seu papel, alguns com brilho até inesperado e outros com correção. Para quem tinha esta expectativa, como eu tinha, foi uma grande manhã de domingo, culminando com a belíssima e rara cena de Alonso e Raikkonem, levantando Maldonado no pódio.

E, no mais, continue Galvão, assim mesmo, senão menos gente vai assistir a F1, e podem até parar com as transmissões por falta de audiência! E aí, como vamos ficar nós os malucos que acordamos de madrugada para assistir treinos?

2 comentários:

Anônimo disse...

Estimado Adolpho, para variar vc disse tudo, com propriedade, tb achei a prova muito boa, la,lamento pelos brasileiros.abçs Cassio.

adolpho luce disse...

Obrigado amigo, tb lamento muito pelos brasileiros. Abs!